Informações do trabalho

Título
O IMPACTO DAS INTERAÇÕES FAMILIARES SOBRE COMPORTAMENTOS DE BULLYING E VITIMIZAÇÃO NA ESCOLA
Tipo de trabalho
Comunicação Oral
Autor Principal
WANDERLEI ABADIO DE OLIVEIRA
Instituição
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Autor(es)
Manoel Antônio dos Santos
Instituição Origem
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Autor(es)
Simona Carla Silvia Caravita
Instituição Origem
UNIVERSITÀ CATTOLICA DEL SACRO CUORE
Autor(es)
Jorge Luiz da Silva
Instituição Origem
UNIVERSIDADE DE FRANCA
Autor(es)
Marta Angélica Iossi Silva
Instituição Origem
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Financiador
Empresa Pública - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Eixo
A psicologia e os desafios da intersetorialidade nas políticas públicas
Processo
Processos Investigativos
Área
Psicologia Escolar e Educacional
Palavra-chave
Adolescência ,Adolescência ,Violência
Resumo
O bullying é considerado um problema do contexto escolar e poucos estudos no Brasil exploraram outras variáveis relacionadas ao fenômeno, bem como seu caráter multidimensional. Assim, esse estudo objetivou descrever variáveis das interações familiares associadas ao bullying e à vitimização. Participaram da investigação 2.354 estudantes (50,7% meninas e 49,3% meninos) na faixa etária de 10 a 19 anos (M = 14,5, DP = 2,0). Os dados foram coletados por meio de duas escalas: Escala de Agressão e Vitimização entre Pares (Cunha, Weber, & Steiner Neto, 2011) e Escala de Qualidade de Interação Familiar (Weber, Salvador, & Brandenburg, 2011). Análises descritivas, de variância e regressões logísticas foram realizadas no SPSS versão 21 e se adotou o nível de significância p<0,005. O estudo identificou um total de 607 estudantes (25,8%) envolvidos em situações de bullying, sendo 10,3% agressores, 10,1% vítimas e 5,4% vítimas-agressoras. Os estudantes não-envolvidos em situações de bullying (74,2%) possuíam melhores interações familiares quando comparados com os agressores, as vítimas e as vítimas-agressoras. A dimensão "regras e monitoria" no contexto familiar foi identificado como fator protetivo (OR:1,21; p=0,01) para o bullying e a vitimização. Experiências de "punição física" (OR:0,84; p=0,01) e "comunicação negativa" (OR:0,53; p=0,00) aumentavam a condição de vulnerabilidade para o bullying ou a vitimização. Os resultados obtidos são úteis na medida em que podem subsidiar planos intersetoriais de cuidados às famílias direcionados para o fortalecimento de vínculos, mudanças nas estratégias de disciplina dos filhos e nos padrões de comunicação no contexto familiar.
ISBN
978-85-64749-01-6