CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA CLÍNICA DE WILHELM REICH PARA O ENTENDIMENTO PSICANALÍTICO DO MASOQUISMO
Tipo de trabalho
Pôster
Autor Principal
DEBORA FELICIANO DE FRANÇA
Instituição
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SÃO PAULO
Autor(es)
Ailton Bedani
Instituição Origem
UNIVERSIDADE IBIRAPUERA
Financiador
Sem Financiador -
Eixo
Práticas profissionais da psicologia em contextos sem muros
Processo
Processos Terapêuticos
Área
Psicologia Clínica
Palavra-chave
Psicanálise
,Clínica
,Sexualidade
Resumo
O presente estudo, finalizado em junho de 2018, expressa o resultado de uma pesquisa de Iniciação Científica, realizada pela autora no decorrer de sua formação no curso de psicologia da UNISP. Procurou-se averiguar, nesta pesquisa, as inovadoras contribuições do médico e cientista natural Wilhelm Reich para o entendimento do fenômeno do masoquismo. Para tal, analisou-se o escrito "O caráter masoquista", originalmente publicado por Reich em 1932 e, também, reavaliações sobre o tema, empreendidas pelo autor em sua autobiografia científica de 1942, "A função do orgasmo." Procedendo-se a uma análise comparativa dos dois textos acima mencionados, pôde-se observar que Reich, estabeleceu, a partir de referenciais clínicos, uma contundente crítica à teoria freudiana da pulsão de morte, apontando, simultaneamente, os mecanismos autoritários de repressão que estariam na base do fenômeno. Além disso, o autor realizou uma inédita análise psicofísica do masoquismo, propondo uma correlação entre o sentimento de angústia, na "estrutura de caráter masoquista", e uma contração contínua dos vasos periféricos. Adotando, enfim, o fenômeno do masoquismo como epicentro de seu estudo, Reich pôde contribuir para uma ampliação do conceito psicanalítico de masoquismo, indicando, inclusive, o papel desempenhado, nesse fenômeno, pelas dimensões sociológica e somática. Pretende-se, assim, com esta pesquisa de iniciação científica, apresentar o inovador entendimento de Reich sobre o masoquismo e seu potencial para uma reavaliação psicanalítica e psicossomática do fenômeno.